JORNAL DA ALTEROSA

Inquérito da PM sobre mortes no Aglomerado da Serra é questionado

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O deputado Durval Ângelo questiona a conclusão do inquérito da PM sobre as mortes dos moradores da Serra. Para ele, a investigação deixou de lado as denúncias de moradores sobre o envolvimento de policiais militares com o crime na favela e não indiciou todos os envolvidos. Um deles, dos três militares que estavam presos, foi solto nesta quarta-feira.

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Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte deixou o 5º Batalhão, no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, em um carro de vidros escuros e em alta velocidade.

O crime de prevaricação é quando um funcionário público deixa de cumprir sua função por interesse pessoal. A pena máxima é de um ano. O soldado dirigia a viatura no dia 19 de fevereiro quando aconteceu as duas mortes no Aglomerado da Serra.

Adelmo ficou 21 dias preso. Nesse período, de acordo com denúncia do jornal Estado de Minas, ele teve algumas regalias no batalhão. Uma delas foi ter acesso à internet. Um policial que fazia a guarda, emprestava ao soldado um notebook e ele conversava com amigos e parentes por um programa de bate-papo.

A PM disse que vai apurar a irregularidade assim como prometeu, na época em que Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o sobrinho dele, Jefferson Coelho da Silva, de 17, foram mortos.

O inquérito da Polícia Militar foi concluído. Doze policiais do Rotam foram indiciados. Apenas dois estão presos. Os soldados, Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa vão responder pelos homicídios. Jason também foi indiciado por falsidade ideológica já que teria usado duas fardas dele para simular que os mortos estavam disfarçados de policiais. Ficaram de fora as denúncias de extorsão e de que os militares tinham relação com o tráfico de drogas no Aglomerado.

Segundo o deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e que acompanha as investigações, quartenta pessoas prestaram depoimento e falaram sobre o envolvimento deles nos crimes. Além disso, ele aponta outras falhas. Entre elas, o fato de o Tenente Santana, chefe da equipe no dia das mortes e que relatou a história mentirosa, ter sido indiciado apenas por prevaricação e falsidade ideológica.

17 de março de 2011

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